quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Resenha : O Oceano no Fim do Caminho

Título: O Oceano no Fim do Caminho
Original: The Ocean at the End of the Lane
Autor: Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Páginas: 208
Nota: 9,5
Skoob


Sinopse (Skoob): Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.

Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.







Este é um dos livros mais recentes que eu li, e eu posso dizer que Neil me impressionou mais uma vez, depois de Coraline.

A História é em primeira pessoa. O livro começa com um homem  voltando à cidade que ele passou sua infância para um funeral. Não é mencionado o nome do personagem, mas em uma parte do Flashback ele se lembra de quando era menor seu pai o chamava de "George, o Gracioso", o flashback dura quase o livro todo e ele nos conta como conheceu a Família Hempstock (Lettie, Ginnie e A Senhora Hempstock) que moravam em uma fazenda no final da estrada e como conheceu O Oceano. 

"George" mora com seus pais e sua pequena irmã, em sua casa e ele é obrigado a sair do seu quarto para alugá-lo, já que os pais dele não estão com boa situação financeira. O homem que vai morar no quarto, "George" o denomina de O Minerador de Opalas. A Vida deles segue normal, até que acontece algo inesperado. George adora revistas em quadrinhos, a leitura o fascina (tão pequeno e tão sábio), e seu pai lhe dá revistas de presente, só que naquela manhã ele não encontrou a revista que o pai havia deixado dentro do carro e nem o carro em si; ele havia sido roubado.

Eles vão de encontro ao carro que havia sido abandonado no fim da rua em que moravam, só que havia algo diferente, havia um corpo dentro dele, e era do Minerador de Opalas. Nessa infeliz situação ele conhece Lettie que o leva para ficar na fazenda até que a situação se dê por resolvida. Onde ele conhece Ginnie (mãe de Lettie) e A Senhora Hempstock ( avó de Lettie). Um espírito que a Lettie denomina "Pulga", se "muda" para a cidade em que eles moram e passa a "dar" dinheiro para todas as pessoas que ali vivem. Lettie e "George" descobrem aonde esse ser está e vão atrás dele, mas há um brecha no plano dos dois fazendo com que o ser saia como um verme junto com "George".

A vida dele segue adiante até que os pais de "George" contratam um babá para cuidar dele e de sua irmã, Úrsula Monkton,  a partir do dia dia em que ela colocou o pé naquela casa a sua vida se tornou um verdadeiro pesadelo.

A escrita de Gaiman é de uma qualidade incrível, é como que eu estivesse lendo e sentindo tudo o que o personagem sente, principalmente o medo. Mas... eu acho que ainda faltou um conclusão melhor para a história, tirando essa parte, o livro é perfeito.



Quotes Favoritos
"Gostei disso. Livros eram mais confiáveis que pessoas, de qualquer forma." 

" Eu não era uma criança feliz, ainda que, de vez em quando, ficasse contente. Vivia nos livros mais que em qualquer outro lugar." 

" Fui dormir feliz e empolgado naquela noite. Eu estava rico. Um tesouro enterrado fora descoberto. O mundo era um bom lugar para se viver." 

" Não duram muito. Gatinhos num dia, gatos velhos no outro. E depois ficam só as lembranças. E as lembranças desvanecem e se confundem, viram borrões..." 

" As noites chuvosas eram as melhores: eu a deixava aberta e colocava a cabeça no travesseiro, fechava os olhos, sentia o vento no rosto e ouvia o balançar e o ranger das árvores. A chuva também caía no meu rosto, quando eu dava sorte, e eu me imaginava em meu barco no oceano, navegando ao sabor da maré. Eu não me imaginava um pirata, nem tinha destino certo. Simplesmente estava no meu barco." 

" Desde pequeno eu sempre pegava várias ideias emprestadas dos livros. Eles me ensinaram quase tudo o que eu sabia sobre o que as pessoas faziam, sobre como me comportar. Eram meus professores e meus conselheiros."

" — Oi — falei. — Bem — começou ela —, deixa eu só dizer uma coisa, se você acha que foi divertido, não foi nada divertido, nem um pouquinho. As mandrágoras gritam demais quando você tira elas da terra, e eu não estava com protetores de ouvido, e depois que estava com elas tive que trocar elas por uma garrafa de sombras, uma daquelas antigas, cheia de sombras diluídas em vinagre..." (OMG, Mandrágoras)

" — Ninguém realmente se parece por fora com o que é de fato por dentro. Nem você. Nem eu. As pessoas são muito mais complicadas que isso. É assim com todo mundo." " — Vamos. — E então, mais animado: — Vamos, George, o Gracioso. Esse foi o apelido bobo que meu pai me deu quando eu era bebê." " Não importa se eu não consigo me lembrar mais dos detalhes: a morte aconteceu com ela. A morte acontece com todos nós."

Algumas Fanarts que achei na internet 







Espero que tenham gostado; comentem, curtam e nos mandem sugestões para o nosso e-mail.


Rafael Freitas



2 comentários:

  1. Esse livro é um dos meus preferidos! Tinha me esquecido que o pai dele o chamou de "George, o gracioso". Adoro o fato de não mencionarem realmente o nome do menino! *-*
    Adoreis as Fanarts!

    beijos,

    Carol
    www.portaoazul.blogspot.com

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    Respostas
    1. Também é um dos meus preferidos. O fato de não mencionar o nome dele, ele (Neil) nos faz pensar em um nome para o personagem, eu ainda prefiro o George do Neil.

      Beijos

      Obrigado pela visita.

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