sábado, 16 de fevereiro de 2013

Resenha: A Hospedeira

Título: A Hospedeira
Original: The Host
Autor: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 557
Nota: 10


Sinopse: Melanie Stryder se recusa a desaparecer.

Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo.
Quando Melanie, um dos humanos “selvagens” que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a “alma” invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.
Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.






Começando essa resenha, quero admitir a vocês, meus queridos leitores, que tive - muito – receio de comprar e ler esse livro. Confesso que não sou muito fã da série Crepúsculo – não me odeiem! Haha - , e, sabendo que a autora de ambas as obras é a mesma pessoa, fiquei com um pé atrás.

Admitindo isso, tenho muita alegria em dizer que não deixei esse preconceito me atrapalhar, portanto, comecei a leitura.

Esse livro me surpreendeu infinitamente, e não tenho vergonha de dizer que me apaixonei por tudo: pelo enredo, pelas personagens, pela ideia da trama – que, por sinal, é maravilhosa! -, enfim, tudo mesmo!

A trama envolvendo alienígenas que chegam à Terra e tomam o controle dos corpos humanos e de humanos tentando lutar contra – seja física ou mentalmente – me agradou extremamente.

Eu resolvi que este será o livro do qual eu irei tentar falar o mínimo possível sobre a trama em si, pois quero realmente que vocês tenham o prazer que eu tive ao ler e descobrir o livro todo. Bom, irei falar então de pequenos pontos que me chamaram a atenção.

O que achei muito interessante foram os argumentos usados pela espécie alienígena, sobre como eles vieram e transformaram a Terra – o planeta que estava sendo destruído pelo ser humano – em um lugar melhor.

“Nós não éramos esbanjadores. Tudo o que tomávamos, nós melhorávamos, tornávamos mais pacífico e belo. E os humanos eram bestiais e ingovernáveis. Haviam se matado com tanta freqüência, que o assassinato se tornara parte aceita da vida deles. (...) Não havia nenhuma igualdade na distribuição dos abundantes recursos do planeta. (...) Até mesmo a imensa esfera do planeta havia sido posta em risco (...), a Terra se tornara um lugar melhor, graças a nós.”

Além disso, é incrível – ressalto que foi um aspecto que realmente me tocou bastante – o modo como eles falam das doenças que, devido ao avançado sistema alien, poderiam ser curadas, mas que para os humanos, são impossíveis de se combater.

“(...) O homem pálido de cabelos brancos (...) estava doente, (...) Doc estava começando a pensar que era algum tipo de câncer. Isso me afligiu – ver alguém morrendo de verdade de algo tão facilmente curável. (...)”

Durante a leitura, algumas vezes me irritei com certo comportamento repetitivo de uma das personagens principais, mas acredito que tenha sido realmente essa a intenção da autora, pra dividir a atenção dos leitores entre as duas protagonistas.

Melanie, a dona do corpo, é uma personagem muito forte, e muito teimosa – vocês notarão isso de cara – e sem pensar duas vezes, iria lutar contra sua invasora.

“(...) Há uma maneira. De modo algum de sobreviver, mas talvez de vencer.”

Porém, Melanie não tinha mais o controle de seu próprio corpo, mas somente de sua consciência.

“(...) Por um momento, me permiti ver a prisão que a vida era sem um corpo. Ser levado dentro deles, mas incapaz de influenciar a forma à sua volta. Estar preso. Não ter escolhas.”

Apenas em alguns momentos, Melanie conseguia tomar o controle do corpo – se movimentando ou mesmo falando -, mas esses eram períodos passageiros, momentâneos.

“A pergunta não foi minha, mas fluiu dos meus lábios naturalmente, como se fosse. (...) Eu, no entanto, me virei e corri para a porta, lutando contra as palavras que não podiam sair de minha boca. Palavras que não podiam ser minhas palavras. (...) Elas não podiam ser ditas.”

Bom, como a própria sinopse diz, em certa altura do livro, Melanie e Peregrina se tornam aliadas - aliás, ao longo da leitura, quero salientar que achei muito legais as páginas 313 e 314, acredito que vocês também irão gostar do tom de conversa das duas - e iniciam a busca por Jared, o homem que as duas amam; e aproveito para acrescentar que elas estão atrás de Jamie também, que é o irmão de Melanie – e que eu chorei demais nas partes do Jamie com ela!

Ao passar o tempo com Melanie, Peregrina foi mudando o modo como enxergava as coisas e mudando sua perspectiva sobre os humanos.

“(...) Será que eu sempre havia sido uma aberração ou isso era algo que Melanie estava fazendo comigo? Este planeta me mudou ou revelou o que eu realmente era?”

Bom, parece que eu falei demais – pra variar, né? Hehe -. Mas o fato é que eu quis mostrar o quanto gostei imensamente desse livro. Recomendo para todos os leitores, afinal, ficção científica com algumas doses de romance não faz mal a ninguém!

Além de tudo isso que já mencionei, o livro conta com reviravoltas que te deixam de cabelos em pé! Muitas surpresas no desenrolar da trama – situações que nos fazem torcer, vibrar, rir, e chorar bastante -, com isso posso dizer que é um livro que se aproximou muito do ‘perfeito’ para mim.


Quotes favoritos:


“(...) Será que porque os humanos podiam odiar com tanta fúria, o outro lado do espectro lhes permitia que pudessem amar com mais coração, ardor e fogo?”



“(...) Talvez não pudesse haver felicidade neste planeta sem um peso igual de dor que deixasse tudo equilibrado em alguma balança desconhecida.”


“Era muito reconfortante estar longe da civilização, e isso me preocupou. Eu não deveria achar a solidão tão acolhedora. Almas eram sociáveis. (...)”

“O que tornava este amor humano mais desejável para mim que o amor da minha própria espécie? Seria porque era exclusivo e caprichoso? As almas ofereciam amor e aceitação a todos. Será que eu necessitava de um desafio maior? (...)”



P.S.: A única coisa que me incomodou bastante foram os diversos erros de gramática, mas eles só se tornam freqüentes do meio ao final do livro – não sei a vocês, mas isso me irrita muito – mas, devido à estória maravilhosa, dei um desconto a esses erros.

O filme baseado no livro estreará em março desse ano - estou aguardando ansiosamente!

Trailers











Para finalizar com chave de ouro, quero transcrever a frase de dedicatória da autora – que achei linda -:

“Para minha mãe, Candy, que me ensinou que o amor é a melhor parte de qualquer história.”

Espero que tenham gostado dessa mega resenha, e que tenham uma leitura maravilhosa - e assistam ao filme!!


Ana Batuta

8 comentários:

  1. Oi Ana adorei a sua resenha.
    No começo eu estava achando o livro um pouco cansativo e sem graça,mas depois que a Peregrina encontra o abrigo de humanos a história fica realmente muito boa,por isso, digo que esse livro é maravilhoso e surpreendente.
    Beijos!

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    1. Ooi Suelen! Puxa, muito obrigada! Fico muito feliz em ler isso!
      Isso é verdade, o começo é bem parado mesmo, mas eu estava tão empolgada ao ler esse livro, que nem notei muito, e então, logo o livro ficou muito bom! Concordo totalmente com você, um livro surpreendente!
      Obrigada pela visita!
      Beijos!

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  2. Olá, tudo bem?
    Passa lá no blog, tem um selinho pra você.. beijos!

    http://bookmusicandmovie.blogspot.com.br/2013/02/selinho.html

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    1. Oi Helena! Tudo joia e você??
      Opa! Muito obrigada, já tô indo resgatá-lo!!
      Beijos!

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  3. Olá Ana!
    Obrigada pela visitinha no blog, seja sempre muito bem vinda, viu?
    Seu blog é um amor, tô seguindo com paixão! Layout perfeito!
    Sobre o livro, me julgue, mas eu tenho o maior preconceito com a Stephanie Mayer, não consigo engoli-la.
    hahahaha
    Nessa semana sai um post com uma novidade que eu vou propor, posso te avisar quando sair?
    Beijão!

    endless-poem.blogspot.com.br

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    1. Olá Sarah!!
      Muito obrigada! Vou visitar sempre que puder! =D
      Oh!! Obrigada!! *muito feliz*
      Haha, eu entendo! Eu também tinha muito antes de lê-lo! Admito que não gosto nem um pouco de Crepúsculo e afins! Mas me apaixonei por A Hospedeira! Eu indico muito!
      Claro! me avise sim, com certeza!!
      Beijos!

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  4. Eu gosto de Crepúsculo. Não sou fã, mas gosto. Dos livros, claro. Enfim... A Hospedeira é bem diferente de Crepúsculo, não só no enredo, mas, também, na escrita. E é fantástico. MUITO melhor que os outros livro da Meyer, nem parece que foi escrito por ela. Eu tentei ler o livro três vezes, porque o começo era muito confuso e entendiante. Mas na quarta vez continuei e me arrependi de não ter lido antes. O filme também ficou muito bom.
    Boatos de que será uma triologia. Antes ia ser livro único, mas por causa do filme ela vai ter que escrever mais dois livros. Agora, sim, estou com receio de ler os outros dois da saga e me decepcionar. Mesmo assim estarei esperando ansiosamente, porque tem a chance de ser tão bom quanto The Host.

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    1. Concordo com você Marcos Paulo, não sou fã do trabalho dela com o Crepúsculo, e por isso mesmo tive muito receio de começar esse livro. Haha também recomecei a leitura por volta das três vezes, pra tentar entender, e me apaixonei. Estou com essa mesma preocupação em relação às continuações, é muito grande a chance de dar errado, ou pode acontecer o completo oposto. Bom, torçamos então pelo oposto rsrs.
      Obrigado pela visita!

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